Páginas

sábado, 6 de dezembro de 2014

Resenha - Eu sou o mensageiro, Markus Zusak



  Título: Eu sou o mensageiro
   Autor: Markus Zusak
   Editora: Intrínseca
   Páginas: 320
   Ano: 2007 
  Onde comprar: SubmarinoAmericanas












Sinopse: Ed Kennedy leva uma vida medíocre, sem arroubos. Trabalha, joga cartas com cúmplices do tédio, apaixona-se por uma amiga que dorme com todos os vizinhos do subúrbio e divide apartamento com um cão velho. O pai alcoólatra morreu há pouco, a mãe parece desprezá-lo.


Certo dia, ele impede um assalto a banco e é celebrizado pela mídia. O ato heroico tem conseqüência. Logo depois, Ed recebe enigmáticas cartas de baralho pelo correio: uma seqüência de ases de ouros, paus, espadas, copas, cada qual contendo uma série de endereços ou charadas a serem decifradas. Após certa hesitação, rende-se ao desafio. Misteriosamente levado ao encontro de pessoas em dificuldades, devassa dramas íntimos que podem ser resolvidos por ele. Uma mulher é estuprada diariamente pelo marido, enquanto uma senhora de 82 anos afoga-se em solidão, à espera do companheiro, morto há mais de meio século.

~ ~  ~ ~


O livro possui uma linguagem descontraída e ao mesmo tempo consegue comover o leitor. É um daqueles livros que você lê uma vez e consegue absorver a mensagem que o autor deseja comunicar. Assim como em "A menina que roubava livros", a linguagem é de uma facilidade imensa de compreensão e a maior parte da história é feita através de diálogos. A monotonia não é uma palavra que define a história, muito pelo contrário.


Ed Kennedy é um ser humano normal, que leva uma vida também normal ao lado de seus amigos e de sua mãe, até que um dia começa a receber cartas anônimas pelo correio. O que fazer com elas? O que significa cada uma? Quem está enviando-as? Essas são perguntas feitas pelo próprio personagem ao longo da leitura, e isso faz com que os leitores também tenham suas mesmas dúvidas.


Junto com Ed somos introduzidos ao mundo real, onde nenhuma fantasia de perfeição existe. Existem pessoas que sofrem, sejam por motivos mais simples ou mais complicados e que só precisam de um pouco de amor e carinho, ou até mais que isso e ele foi o escolhido para ajudá-los. O protagonista não é um herói, longe disso, é apenas uma pessoa aprendendo também, e seu crescimento é percebido claramente no desenrolar da história.

Faz um bom tempo que li "Eu sou o mensageiro" mas lembro que foi um dos melhores livros que já li! Possui uma linguagem simples mas ao mesmo tempo transmite uma mensagem de superação e solidariedade, sem esquecer do tom cômico que Markus Zusak dá ao livro. Quem leu "A menina que roubava livros" e espera que esse siga o mesmo estilo se enganará em "proporções continentais", acredito que "A menina que roubava livros" carregue um tom mais melancólico e maduro, ao contrário do livro aqui resenhado. Enfim, é leitura mais que recomendada e sem medo de afirmar que este é um daqueles livros que grudam o leitor e o faz esquecer da vida e perder a noção do tempo!



Nenhum comentário:

Postar um comentário